A suposta verdade absoluta
Conhecido como tal, Alcebíades, sobrinho de Péricles, estrategista de batalhas, reconhecido em 420 a.c, descendeu e comandou a expedição contra Siracusa, na Sicília. Acusado de profanação as estátuas do Deus Hermes e dos Mistérios de Elênius. foi acusado de sacrilégio, exilou-se em Esparta.
Com sua retórica, fez os Espartanos fracassar numa guerra ativa contra os Atenienses em Siracusa.
Em 411 a.c, eleito comandante de esquadra Ateniense e Samos, onde conquistou duas vitórias contra Esparta, que deu a Atenas a retomada do domínio sobre o mar Egeu.
Alcebíades em 407 a.c, foi responsabilizado pela derrota de seu preposto Antíoco Notium, então retirou-se para Queronéia. Tentou aconselhar sobre desastres navais em Egospótamo, mas não foi ouvido.
Alcebíades, é considerado por muitos estudiosos como um sofista da corrente Erística, entendendo esta como arte argumentativa de ganhar debates, descartando o objetivo de verdade. Como diz o filosofo alemão, Arthur Schopenhauer, “A Dialética erística é a arte de convencer, mais precisamente, é a arte de manipular um discurso, e colocar o debate a seu favor independente da verdade!”.
Mas, a suposta verdade como propõe o título, quer dizer necessariamente no campo de vista erístico? Não! Podemos explorar um pouco mais a noção em outros contextos.
Em todas as civilizações existiu e existe, o chamado “Mito”. Numa breve interpretação, podemos dar sentido aos mitos considerando os uma suposta verdade, como diz uma interpretação clássica, mitos server pra explicar o até então desconhecido, como causas naturais, tempestades no mundo antigo, como a origem do ser e o que há além das galaxias hoje. Com essa interpretação, o desconhecido tornou-se causa de uma suposição, como até mesmo a própria existência pra muitos filósofos, em especial franceses do século 16 e 17. Com essa característica, o mundo pós moderno ainda atribui valores filosóficos, por exemplo o filme “Matrix”.
Ao longo dos anos, antigas civilizações desenvolveu mitos até hoje conhecidos, muitos não usados como suposta verdade, mas como arte literária, que também foi explorada no mundo antigo.
Desfocando o oriente, que também é conhecido por suas tradições arcaicas e focando no ocidente antigo, podemos explorar a categoria junto a arte. Pormas épicos como a Ilíada e a Odisseia de Homero, desenvolvida em torno de 1200 e 800 a.c, explica a relação dos homens e dos deuses gregos, que por sua vez tinham uma intimidade afetiva.
Para muitos, a mitologia acabou com a ascensão do cristianismo no império Romano, mas podemos também observar de forma crítica, que assim como a mitologia de origem pagã era uma suposta verdade, o cristianismo também é,que por origens herda as mesmas características, passando a ser absoluta na idade média.
A mitologia ou mito, pode ser afirmada como verdade, assim como é e sempre foi!
Voltando aos discursos dos sofistas do antigo mundo grego, um sofista dos mais conhecidos e citados atualmente, Protágoras, autor da celebre frase “O homem é a medida de todas as coisas” Criticado por leigos e Filósofos, podemos definir e interpreta-lo de diversas maneiras.
Uma das mais conhecidas interpretações de Protágoras, é descartando a verdade absoluta e criando verdades pessoais, como afirmar, o homem da sentido a aquilo que busca, e sendo criado pelo homem e por ele mesmo acreditado, nasce sua própria verdade. Para Protágoras, não é necessário que exista a realidade absoluta, mas aquilo que crio, independente da realidade. Com essa interpretação, posso acreditar ou não em qualquer coisa, pois tudo independe da realidade. A verdade é criada a partir do homem, que estabelece em sua medida. Com esse discurso, Protágoras é interpretado como sofista, em especial, por Platão.
Humanismo e existencialismo
“Penso, logo existo” – René Descartes. (Humanismo do século 17)
Esse humanismo propõe a Essência antes da existência. Pode ser interpretado de outras maneiras, descartando a subjetividade da ação. É como pensar que existe um cérebro antes da existência, tipo um objeto que você cria. Você idealiza um objeto, cria o objeto, logo esse objeto foi criado pra um propósito. Isso pode ser interpretado como oHOMEM, idealizado e criado por um DEUS.
Agora, pra tratar do humanismo existencial de Sartre por exemplo, é como inverter os valores. e refazer a frase de descartes e deixar assim:
“Existo, logo penso”.
Sartre define a subjetividade antes de tudo. Inverte os valores do Humanismo do século 17.Imaginando que somos uma causa sem objetivo, logo não fomos criados com um propósito, Propondo a existência antes da essência. Sartre pensa o homem como liberdade, e não como uma qualidade atribuída ao homem, como pensava os filósofos clássicos. O homem cria seu destino, ele é responsável pela sua liberdade, logo não deve culpar a ninguém por suas ações.
Do autor para o leitor “Suposta verdade na sociedade”.
Depois de desenvolver um aglomerado de filosofia e citações históricas, posso deixar claro minha conclusão pessoal e a inclusão desse raciocínio na sociedade.
Na sociedade teoricamente cristã, no qual nasci e cresci, fui doutrinado não apenas pela família, mas também pela influencia da sociedade que me cerca, sobre a existência de um Deus alheio. Ponto de vista que passou por diversas metamorfoses ao longo dos estudos acadêmicos e pessoal que fiz sobre as religiões e suas histórias, chegando enfim pelo ceticismo nesse ponto de fé religioso, descartando a noção de uma verdade apenas e abrindo espaço para o novo. Pois, independente se há algo além das verdades criadas pelas civilizações ou até mesmo as minhas verdades, o mundo deve seu respeito ao próximo e aos Deuses alheio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário