quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A ODISSÉIA - TEXTO E FILME



ODISSÉIA

Odisseia pode-se dividir em 4 grandes partes, embora tenha sido escrita originalmente em 6 livros... É com a história de Telémaco que vive em ítaca com a mãe e que suporta mal a presença dos pretendentes da mãe, que querem tomar o lugar do Ulisses que havia partido para a guerra de Tróia há largos anos, que tudo começa. Atena, disfarçada, aconselha Telémaco a ir à procura do pai e então ele convoca a Assembléia e decide ir em busca do pai.

Vai numa nau até Pilos, a casa do rei Nestor, que lhe conta certas peripéciasda Guerra de Tróia e da morte de Agamémnon. Depois, vai até Esparta com o filho de Nestor e, no palácio de Menelau e de Helena, ouve mais histórias da Guerra. Enquanto Telémaco procurava pelo pai, Hermes é enviado por Zeus a Ogígia para ordenar a Calipso que deixe Ulisses partir e, então, ele faz uma jangada e parte. Em alto mar, sofre uma tempestade e vai ter à Terra dos Feaces, onde se encontra com a princesa Nausícaa.

Ela aconselha-o a ir ao palácio e diz-lhe o que deve fazer para obter ajuda e ser bem recebido. Ulisses, depois de ouvir as histórias do poeta, emociona-se, chora, e o rei Alcínoo pede para ele contar a sua história. Ulisses começa então por contar o dia em que deixaram Tróia para trás e que passaram por várias Terras... No caminho, passaram pela ilha dos ciclopes, onde ele feriu o filho de Poseidon para fugir da sua gruta. Atracaram também na ilha da feiticeira Circe, que transformava os homens em animais (porcos) e segue caminho até ao Hades, mundo dos mortos, para enterrogar Tirésias sobre o seu futuro. Lá no Hades fala com companheiros da Guerra e com a sua mãe, que morrera de saudades... Decide voltar à ilha de Circe e ela avisa-o das sereias, que enfeitiçam os homens, de Cila e de Caríbdis. Segue viagem, mais outra vez, e vai ter à ilha do Sol, onde os seus companheiros matam os animais e morrem todos no mar, excepto Ulisses que vai ter à ilha de Ogígia, onde permanece 7 anos até Calipso o deixar partir. Depois, como já contámos vai ter à ilha dos Feaces, que o ajudam a voltar a ítaca nas suas naus que são melhores que todas e deixam-no a dormir na terra que há muito tinha deixado! Dá-se, então, o regresso de Ulisses a ítaca... Primeiro, esconde os tesouros e vai a casa do porqueiro, onde ouve o porqueiro contar como chegou a ítaca e, disfarçado de mendigo, conta a sua história inventada.

       Telémaco, quando regressa, encontra-se com o pai na casa do porqueiro e Ulisses dá-se a conhecer ao filho e, juntos, combinam como enfrentar os pretendentes. Dá-se uma prova de armar o arco e atirar por entre uns machados e Ulisses, ainda como mendigo, ganha a prova e, de repente, mostra-se como o rei de itaca. Juntamente com Telémaco, com o porqueiro e com o boeiro mata todos os pretendentes! Mais tarde, revela-se a Penélope que o testa e comprova que é mesmo o seu marido... já com tudo "estabilizado" vai visitar o pai, Laertes, que vivia só e triste!             

Resumidamente, esta é a História de Ulisses, a Odisseia de Homero, escrita há já tanto tempo mas que se mantem fiel, através das traduções, seja em que língua for... Além de tudo, Ulisses tem o seu simbolismo. O facto dele se transformar por acção da Deusa pode significar que o ser humano está em contínua mudança, que há forças misteriosas que nos podem ajudar a vencer perigos que achavamos invencíveis e que a nossa aparência, a maneira como nos vêem ou nos vemos a nós próprios é subjectiva, transforma-nos conforme o olhar que sobre nós incide.





FIM


ILÍADA E ODISSÉIA

            Ilíada relata principalmente a guerra de Tróia e a Odisséia relata o retorno de Odisseus para sua casa. Alguns dizem que simbolicamente a Ilíada representa a primeira parte da vida, quando vamos a luta para conquistarmos algo. A Odisséia representa a segunda parte da vida quando voltamos para casa, nosso interior, a espiritualidade. De modo que seria mais adequado apresentar nesta ordem, primeiro a Ilíada e depois a Odisséia. Odisseus é o nome do herói em grego, Ulisses é o nome latino equivalente.

          De modo que acho melhor manter o original em grego. Outro ponto interessante é que os Troianos também eram gregos.

   Eles falavam grego e tinham os mesmos deuses. Naquela época, 1000 anos antes de Cristo (aprox) (os textos foram escritos 800 a.C.) não existia um país chamado Grécia, existiam cidades estado, como Atenas, Esparta, Tróia, etc. De modo que o mais certo é dizer que houve um guerra entre os aqueus e os troianos. Como explico abaixo. A estória mistura realidade com Mitologia. E começa com uma festa no Olimpo em que a deusa da Discórida não foi convidada. E esta, sentindo-se magoada quis criar uma discórdia.

          Lançou uma bola de ouro maciço no meio da festa. Na bola estava gravado os dizeres: "Para a deusa mais bela". Então Hera, Atenas e Afrodite, cada uma achou que devia ser para ela. Houve uma discórida entre elas. Para resolver a discórdia, Zeus disse que deixará Paris, filho do Rei de Tróia decidir qual a mais bela. Então, Hera foi conversar privadamente com Paris para tentar convencê-lo a escolhe-la. Hera disse que se ele a escolhece ela o tornaria uma pessoa poderosa, ganharia qualquer guerra. Atenas também foi conversar com Paris e disse que se ele a escolhece ela o tornaria uma pessoa sábia.

        Afrodite também conversou com Paris e disse que se ele a escolhece ele teria o amor da mulher (mortal) mais bela no mundo, Helena. Paris ponderou e acabou escolhendo o amor de Helena. Interessante que todos temos que fazer escolhas semelhantes. Talvez a cidade de Paris, capital da França, tenha escolhido este nome, em homenagem a escolha do amor, em vez do poder ou sabedoria.

          Como Paris escolheu o amor de Helena, a deusa Afrodite iria ajudá-lo a conseguir o que escolheu. Acontece que Helena por ser muito bela tinha muitos reis pretendentes. Estes reis decidiram deixar Helena escolher e se comprometeram a defende-la caso alguém tentasse rouba-la. Estes eram 12 reis e constituiam os aqueus.


  Quando Paris foi visitar o rei de Esparta (que foi o rei que Helena escolheu para marido) a deusa Afrodite fez com que Helena ficasse apaixonada por ele, e decidiram fugir para Tróia. Então os aqueus tinham que ir busca-la pois haviam se comprometido a protege-la. Bem.. a estória é muito interessante pois existem relações simbólicas com nossa vida, nossas escolhas. Espero ter contribuido. E espero que você continue contribuindo.

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