Introdução à Filosofia
OS FILÓSOFOS
PRÉ-SOCRÁTICOS
ESCOLA MILÉSIA:
Tales: arché=água;
cálculo da altura da pirâmide com o dedão; tudo cheio de deuses; o 1º a tentar
explicar o cosmos.
Anaximandro: arché=o
ilimitado; cartógrafo; Terra cilíndrica.
Anaxímenes: arché=ar;
tudo feito de ar.
Heráclito: arché=fogo;
“um homem não passa pelo mesmo rio duas vezes”; primórdio da dialética. O
movimento é o embate constante de forças opostas que possibilitam a harmonia
cósmica. Pai do raciocínio dialético, sem anular as forças, depois Marx usa,
mas anula as forças (Burguesia + Proletariado = Comunismo).
ESCOLA ELEÁTICA (italiana) prova
matematicamente que o movimento dialético não existe, a essência é permanente, eterna
e indestrutível. A forma muda, por isso quem busca a forma nunca alcança.
Parmênides: pai da
metafísica (EON, o ser, que está além do físico) e da física; toda mudança é
ilusória. Monismo. Foi discípulo de Pitágoras. O que se transforma não É,
ESTÁ. O real é invisível, mas se pode ser pensado é porque existe. O nada é o
não-ser.
Pitágoras foi filho de
joalheiros e associou a beleza, a harmonia e a perfeição às formas geométricas
e à matemática, por isso foi estudar matemática para se aproximar da descoberta
dos segredos do universo. Metempsicose (viagem da alma, reencarnação). Fundou
uma seita inspirada em Dionísio, uma divindade grega representada
por um pênis como sendo o poder da vida, a fertilidade (potência contínua e
incontrolável). Nosso intelecto luta contra a potência da vida, mas os gregos
não acreditavam que pudessem vencê-las, por isso se rendiam a ela nas festas de
orgias e bebedeiras até perder a consciência, pois a consciência os separava de
Deus. A seita foi perseguida e extinta, pois colocava os homens e mulheres no
mesmo patamar e não gostava de açougueiros (atrapalhavam a reencarnação).
PLURALISMO tenta aliar idéias
de outras escolas;
Leucipo: escola atomista;
tudo o que existe é composto por átomos que têm formas geométricas infinitas
(Pitágoras), sempre existiram e sempre vão existir (Parmênides). Eles estão se
movimentam para formar novas coisas (Heráclito) e quando uma pessoa morre é
porque os átomos se organizaram de uma maneira diferente. Não há vida eterna.
Empídocles: tudo é
composto pelos 4 elementos (água, fogo, terra e ar) e suas combinações. O que
impulsiona essas combinações é o amor e o ódio. Isso vai originar a alquimia.
SURGE SÓCRATES:
Vive em Atenas,
séc. IV e V, onde o conhecimento dos Sofistas é valorizado, mas busca a
essência das coisas, que está no mundo das idéias. Defende uma verdade que é
universal e permanente porque se baseia no inteligível. Criou umdialético (diálogo
de teses contrárias, a ironia e a maiêutica) para chegar a um conceito, que é
um conhecimento mais essencial, permanente. Se dizia parteiro de almas. Seus
conceitos foram escritos por Platão. Foi condenado aos 70 anos. “conhece-te a
ti mesmo”; “só sei que nada sei”.
Sofistas: se dedicavam à
educação intelectual das elites, ensinando conhecimentos voltados à vida
pratica e argumentação; os Sofistas acreditavam que não existia uma verdade
única, apenas opiniões que não eram boas ou ruins, apenas diferentes, que
variavam de acordo com cada homem, pois o homem era a medida de todas as
coisas.
Atitude Filosófica: saída da caverna;
pode ocasionar crises, pois questiona o sentido de nossas crises costumeiras
(escavações de um andarilho). Buscar conhecer as coisas para além das
convenções, através da reflexão, da crítica e da razão, desconfiando de nós
mesmos, dos outros e das coisas.
Platão: discípulo de
Sócrates; fundou a Academia; acreditava que as essências estão no mundo das
idéias (invisível e perfeito). Tudo tem dupla natureza, a física (sombra da
caverna que se realiza materialmente) e a alma (a essência; está presa no corpo
e só se realiza quando desencarna). Os sentidos ligam o corpo à matéria e a
razão liga a alma às idéias. O filósofo ajuda as pessoas na obtenção do
conhecimento verdadeiro, que liberta e é racional, além de realizar a alma. A
grandeza matemática é produto da criação da alma. Idéias são as formas
absolutas de todas as coisas. Todo aprendizado é uma anamnese; método dos
geômetras: Platão trabalhava os temas como se fossem problemas,
pedindo aos interlocutores que formulassem hipóteses para resolvê-lo e, por
meio da dialética, os conduzia a outros problemas, que só seriam resolvidos
quando se chegasse à uma não-hipótese, que pudesse resolvê-los a todos.
Dialética: diálogo
de opostos, chega a uma síntese à partir de opiniões diferentes.
Ontológica: o
estudo do SER.
Marilena Chauí
(para quê filosofia?): Néo e Sócrates X Matrix; mito da
caverna; oráculo: mensagem divina ou pessoa que a decifra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário