3 ano G - Noturno
Colégio Estadual
Julio Szymanski – Filosofia – Prof. João Bôsco
Exercícios de Teorias
do Conhecimento
1.
No período moderno, emergiu uma escola filosófica que pôs em questão as
concepções inatistas e metafísicas de conhecimento. Para os filósofos
partidários dessa escola, o conhecimento é sempre decorrente da experiência,
jamais podendo existir ideias inatas. O nome dessa corrente filosófica, bem
como o nome de um de seus filósofos representativos são, respectivamente:
a)
Inatismo; Descartes. b)
Idealismo; Kant. c)
Escolástica; Santo Agostinho.
d)
Empirismo; Locke. e)
Metafísica; Platão.
2.
A modernidade desenvolve, desde o seu início, dois paradigmas de ciência:
empirismo e racionalismo. Sobre eles é incorreto afirmar que:
a)
O racionalismo propõe um método que parte de hipóteses racionais para a
verificação empírica.
b)
O empirismo parte da experiência para a construção de teses gerais sobre a
realidade.
c)
O racionalismo está associado à indução, enquanto o empirismo à dedução.
d)
No fim da modernidade aparecem perspectivas metodológicas conciliatórias, como
o método fenomenológico.
e)
O empirismo influenciou as ciências experimentais, enquanto o racionalismo as
ciências lógicas ou matemáticas.
3.
O Racionalismo e o Empirismo, correntes filosóficas do denominado pensamento
moderno, tiveram em comum:
a)
A preocupação com o problema do conhecimento acerca da realidade, embora por
métodos distintos.
b)
O interesse especulativo com vistas à elaboração da teologia católica.
c)
A compreensão da Filosofia como uma disciplina exata e resultante da
experiência.
d)
A sua filiação aos pressupostos fundamentais do pensamento grego original.
e)
A vinculação aos princípios da filosofia crítica do Iluminismo.
4.
Entre os problemas principais da Filosofia, destaca-se a teoria do
conhecimento, que tem por objetivo investigar as fontes do conhecimento, as
formas de juízos verdadeiros e as regras para a obtenção do conhecimento
seguro. Sobre a teoria do conhecimento, assinale o que for incorreto.
a)
O problema do conhecimento, em suas diferentes formas de fundamentação, seja
racional (através da razão) ou empírica (através da experiência), não diz
respeito ao nascimento da Filosofia, na Grécia antiga, nem à filosofia da Idade
Média. Ele se deve apenas à filosofia moderna.
b)
O sofista Protágoras, com a afirmação de que “o homem é a medida de todas as
coisas”, pode ser considerado um precursor do relativismo contemporâneo, do
ponto de vista da teoria do conhecimento.
c)
O que diferencia, segundo Platão, opinião e conhecimento, é que a opinião
fornece apenas um quadro provisório do mundo, ao passo que o conhecimento é o
estudo do imutável e permanente.
d)
Para René Descartes, o desejo de verdade não é suficiente para fundar o
conhecimento, mas, sim, regras para a direção do espírito, estabelecidas pelo
rigor de um método lógico e metafísico.
5.
“Dogmatikós, em grego, significa „o que se funda em princípios‟, ou aquilo que
é „relativo a uma doutrina‟. Dogmatismo é a doutrina segundo a qual é possível
atingir a certeza.” ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando:
introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 54. Sobre as
diferentes formas de manifestação do dogmatismo, assinale o que for correto.
a)
A metafísica tradicional, por acreditar que poderia progredir sem uma crítica
da razão, foi considerada, por Immanuel Kant, dogmática.
b)
Uma ciência opõe-se ao dogmatismo, quando ela se declara neutra e legitima suas
descobertas, acreditando na infalibilidade de seu método.
c)
As proposições do cálculo e da geometria são, para Kant, dogmáticas, pois são
princípios reflexivos que unem a sensibilidade e o entendimento no juízo de
gosto.
d)
A escola jônica, ao procurar a arché na physis, produz uma nova forma de
pensamento dogmático, pois todos os seus pensadores concordam que o universo
tem a mesma origem.
6.
Estabeleça a associação entre as possibilidades do conhecimento (coluna I) e
a(s) sua(s) característica(s)(coluna II).
Coluna
I
(1)
Dogmatismo (2) Ceticismo (3)
Criticismo (4)
Pragmatismo
Coluna
II
(
) Caracteriza-se pela atitude de conhecimento que consiste em acreditar estar
de posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de
conhecer.
(
) Posição epistemológica segundo a qual o espírito humano nada pode conhecer
com certeza; conclui pela suspensão do juízo e pela incerteza permanente.
(
) Caracteriza-se por afirmar que não é possível conhecer as coisas tais como
são em si, apenas podemos conhecer os fenômenos, aquilo que aparece.
(
) Posição epistemológica que afirma que o intelecto é dado ao homem não para
investigar e conhecer a verdade, mas sim para orientar-se na realidade.
Marque
a opção que contempla a sequência correta das associações de cima para baixo.
a)
2, 3, 4, 1 b) 1, 2, 3, 4
c) 4, 1, 2, 3 d) 1, 3, 2, 4 e) 3, 4, 1, 2
7. Defina com precisão o conceito de conhecimento:
8. Que contribuições os filósofos gregos deixaram
para servir de embasamento na construção do conhecimento?
9. O pensamento foi influenciado por várias
mudanças após a primeira revolução científica. Destaque-as:
10. A construção da teoria do conhecimento
estabelece várias etapas. Cite-as:
11. De que forma é analisado os principais modos de
conhecer o mundo para se chegar ao conhecimento?
12. No que se refere as visões e métodos de
conhecimento, relacione:
(A) Sócrates
( ) A ciência é baseada
Observação.
(B) Platão
( ) Ironia
e maiêutica.
(C)
Aristóteles
( ) A ciência é
baseada na Opinião.
13.
(Unioeste 2013) “… esta palavra,
Filosofia, significa o estudo da sabedoria, e por sabedoria não se deve
entender apenas a prudência nos negócios, mas um conhecimento perfeito de todas
as coisas que o homem pode saber, tanto para a conduta da sua vida como para a
conservação da saúde e invenção de todas as artes. E para que este conhecimento
assim possa ser, é necessário deduzi-lo das primeiras causas, de tal modo que,
para se conseguir obtê-lo – e a isto se chama filosofar –, há que começar pela
investigação dessas primeiras causas, ou seja, dos princípios. Estes devem
obedecer a duas condições: uma, é que sejam tão claros e evidentes que o
espírito humano não possa duvidar da sua verdade, desde que se aplique a
considerá-los com atenção; a outra, é que o conhecimento das outras coisas
dependa deles, de maneira que possam ser conhecidos sem elas, mas não o
inverso. Depois disto, é indispensável que, a partir desses princípios, se
possa deduzir o conhecimento das coisas que dependem deles, de tal modo que, no
encadeamento das deduções realizadas, não haja nada que não seja perfeitamente
conhecido.”
Descartes
“À
medida que Descartes vai desenvolvendo sua ideia de um sistema reconstruído de
conhecimento, vemos surgir dois componentes específicos da visão cartesiana. O
primeiro é um individualismo radical: a ciência tradicional, ‘composta e
acumulada a partir das opiniões de inúmeras e variadas pessoas, jamais logra
acercar-se tanto da verdade quanto os raciocínios simples de um indivíduo de
bom senso’. O segundo componente é uma ênfase na unidade e no sistema: ‘Todas
as coisas que se incluem no alcance do conhecimento humano são interligadas’”.
Cottingham.
Considerando
os textos acima, que tratam da teoria cartesiana do conhecimento, é INCORRETO afirmar que
a) a teoria cartesiana do conhecimento implica um sistema em que todos os conteúdos encontram-se intimamente relacionados.
a) a teoria cartesiana do conhecimento implica um sistema em que todos os conteúdos encontram-se intimamente relacionados.
b)
a teoria do conhecimento cartesiana pretende, a partir da elaboração de um
método preciso, reconstruir o conhecimento em bases sólidas.
c)
a teoria do conhecimento cartesiana, que tem como objetivo a elaboração de uma
ciência universal, serve-se, em certa medida, do modelo indutivista para
alcançar seu objetivo.
d)
o conhecimento que se tem de cada coisa deriva de um processo no qual cada
etapa pode ser conhecida sem o concurso de etapas posteriores, mas não o
inverso.
e)
quando determinada noção se apresenta com clareza e com distinção, o sujeito
pensante entende que se encontra frente a um conhecimento verdadeiro pela
própria natureza da concepção cartesiana do conhecimento.
14.
(Unioeste 2011) Considerando-se as primeiras linhas das Meditações sobre a
filosofia primeira de René Descartes:
“Há já algum tempo dei-me conta de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões por verdadeiras e de que aquilo que depois eu fundei sobre princípios tão mal assegurados devia ser apenas muito duvidoso e incerto; de modo que era preciso tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões que recebera até então em minha crença e começar tudo novamente desde os fundamentos, se eu quisesse estabelecer alguma coisa de firme e de constante nas ciências. (…) Agora, pois, que meu espírito está livre de todas as preocupações e que obtive um repouso seguro numa solidão tranquila, aplicar-me-ei seriamente e com liberdade a destruir em geral todas as minhas antigas opiniões”
“Há já algum tempo dei-me conta de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões por verdadeiras e de que aquilo que depois eu fundei sobre princípios tão mal assegurados devia ser apenas muito duvidoso e incerto; de modo que era preciso tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões que recebera até então em minha crença e começar tudo novamente desde os fundamentos, se eu quisesse estabelecer alguma coisa de firme e de constante nas ciências. (…) Agora, pois, que meu espírito está livre de todas as preocupações e que obtive um repouso seguro numa solidão tranquila, aplicar-me-ei seriamente e com liberdade a destruir em geral todas as minhas antigas opiniões”
É
correto afirmar sobre a teoria do conhecimento cartesiana que
a)
Descartes não utiliza um método ou uma estratégia para estabelecer algo de
firme e certo no conhecimento, já que suas opiniões antigas eram incertas.
b)
Descartes considera que não é possível encontrar algo de firme e certo nas
ciências, pois até então esse objetivo não foi atingido.
c)
Descartes, ao rejeitar o que a tradição filosófica considerou como
conhecimento, busca fundamentar nos sentidos uma base segura para as ciências.
d)
ao investigar uma base firme e indestrutível para o conhecimento, Descartes
inicia rejeitando suas antigas opiniões e utiliza o método da dúvida até
encontrar algo de firme e certo.
e)
Descartes necessitou de solidão para investigar as suas antigas opiniões e
encontrar entre elas aquela que seria o verdadeiro fundamento do conhecimento.
15.
(Uem 2011) Entre os problemas principais da Filosofia, destaca-se a teoria do
conhecimento, que tem por objetivo investigar as fontes do conhecimento, as
formas de juízos verdadeiros e as regras para a obtenção do conhecimento
seguro. Sobre a teoria do conhecimento, assinale o que for correto.
01)
O problema do conhecimento, em suas diferentes formas de fundamentação, seja
racional (através da razão) ou empírica (através da experiência), não diz
respeito ao nascimento da Filosofia, na Grécia antiga, nem à filosofia da Idade
Média. Ele se deve apenas à filosofia moderna.
02)
O sofista Protágoras, com a afirmação de que “o homem é a medida de todas as
coisas”, pode ser considerado um precursor do relativismo contemporâneo, do
ponto de vista da teoria do conhecimento.
04)
O que diferencia, segundo Platão, opinião e conhecimento, é que a opinião
fornece apenas um quadro provisório do mundo, ao passo que o conhecimento é o
estudo do imutável e permanente.
08)
Para René Descartes, o desejo de verdade não é suficiente para fundar o
conhecimento, mas, sim, regras para a direção do espírito, estabelecidas pelo
rigor de um método lógico e metafísico.
16)
Em se tratando das formas do conhecimento, para Platão, no mito da caverna,
abordado em A República, o conhecimento sensível é idêntico ao conhecimento
inteligível.
16.
(Uel 2010) Leia o texto de Platão a seguir:
Logo,
desde o nascimento, tanto os homens como os animais têm o poder de captar as
impressões que atingem a alma por intermédio do corpo. Porém relacioná-las com
a essência e considerar a sua utilidade, é o que só com tempo, trabalho e
estudo conseguem os raros a quem é dada semelhante faculdade. Naquelas
impressões, por conseguinte, não é que reside o conhecimento, mas no raciocínio
a seu respeito; é o único caminho, ao que parece, para atingir a essência e a
verdade; de outra forma é impossível.
(PLATÃO.
Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará,
1973. p. 80.)
Com base
no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de Platão,
considere as afirmativas a seguir:
I. Homens
e animais podem confiar nas impressões que recebem do mundo sensível, e assim
atingem a verdade.
II.
As impressões são comuns a homens e animais, mas apenas os homens têm a
capacidade de formar, a partir delas, o conhecimento.
III.
As impressões não constituem o conhecimento sensível, mas são consideradas como
núcleo do conhecimento inteligível.
IV.
O raciocínio a respeito das impressões constitui a base para se chegar ao
conhecimento verdadeiro.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b)
Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c)
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d)
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e)
Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
17.
(Uem 2009) “Todas as ideias derivam da sensação ou reflexão. Suponhamos que a
mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres,
sem quaisquer ideias; como ela será suprida? (…) De onde apreende todos os
materiais da razão e do conhecimento?
A
isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está
nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento.”
(LOCKE,
John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p.
165).
Assinale o que for correto.
01) Para John Locke, embora nosso conhecimento se origine na experiência, nem todo ele deriva da experiência.
No
entendimento, existem ideias inatas abstraídas das coisas pela reflexão.
02)
Como seguidor de Descartes, John Locke assume a diferença entre conhecimento
verdadeiro, que é puramente intelectual e infalível, e conhecimento sensível,
que, por depender da sensação, é suscetível de erro.
04)
John Locke é o iniciador da teoria do conhecimento em sentido estrito, pois se
propôs, no Ensaio acerca do entendimento humano, a investigar explicitamente a
natureza, a origem e o alcance do conhecimento humano.
08)
Para John Locke, todo nosso conhecimento provém e se fundamenta na experiência.
As impressões formam as ideias simples; a reflexão sobre as ideias simples, ao
combiná-las, formam ideias complexas, como substância, Deus, alma etc.
16)
John Locke distingue as qualidades do objeto em qualidades primárias (solidez,
extensão, movimento etc.) e qualidades secundárias (cor, odor, sabor etc.); as
primeiras existem realmente nas coisas, as segundas são relativas e subjetivas.
Soma ________
Soma ________
18. (Ueg
2008) Um dos pontos altos da filosofia grega é a teoria do conhecimento. Entre
seus pensadores encontra-se Sócrates. Ao dialogar com seus interlocutores,
Sócrates assumia humildemente a atitude de quem aprende e, multiplicando as
perguntas, levava seu adversário à contradição, obrigando-o a reconhecer sua
ignorância.
Esse
método socrático denomina-se:
a)
Alegoria, metodologia de conhecimento segundo a qual se desenvolve o
conhecimento a partir do senso comum.
b)
Maiêutica, metodologia segundo a qual a ideia é gerada ou acordada.
c)
Ironia, método dialético segundo o qual é demonstrada a necessidade de conhecer
profundamente as ideias.
d)
Criticismo, metodologia de conhecimento que parte da crítica da razão.
CD O GABARITO?
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