Estética
A beleza é a
percepção de um encontro com o que nos religa e transforma. É uma sensação de
perfeita satisfação;
O belo é aquilo
que tem formas e proporções harmônicas. De acordo com Humberto Eco o belo é um
adjetivo usado para expressar o que nos agrada.
O conceito de
belo está pautado na concepção platônica/Aristotélica de mundo e, para eles, a
vida e a arte são baseadas em equilíbrio, simetria, harmonia e
proporcionalidade, projetados no renascimento.
Para Platão o
belo está ligado a uma essência universal e não depende de quem observa, pois
está contido no próprio objeto, na criação. Platão acredita que tudo o que
existe no mundo sensível é cópia do mundo inteligível.
Para Aristóteles
o belo deveria provocar a catarse (purificação da alma), ou seja, libertação do
que está reprimido.
Visão histórica da beleza
A mais antiga teoria ocidental de beleza pode ser encontrada
nas obras dos primeiros filósofos gregos pré-socráticos, tais como Pitágoras
que viu uma forte conexão entre matemática e
beleza. Em particular, eles observaram que os objetos com medidas de acordo com
a proporção áurea pareciam mais atraentes.
Platão considerava
que a beleza era a ideia (forma) acima de todas as outras ideias. Aristóteles
viu uma relação entre o belo e a virtude,
argumentando que "A virtude visa à beleza."
No período clássico as esculturas
de homens e mulheres produzidos de acordo com os princípios desses filósofos de
ideal da beleza humana foram redescobertos no Renascimento europeu,
levando a uma readoção do que ficou conhecido como um "ideal clássico".
Durante a era gótica,
o cânone estético clássico da beleza foi rejeitado como pecaminoso.
Somente Deus é
belo e perfeito, enquanto o homem é falho pelo pecado
original e não pode alcançar nenhuma beleza em sua vida se não
for através de Deus. Mais tarde, a Renascença e o Humanismo rejeitaram
essa visão, e consideraram a beleza como um produto da ordem racional e da
harmonia das proporções. Artistas e arquitetos da Renascença (como Giorgio
Vasari em seu "Vidas de Artistas") criticaram o
período gótico por ser irracional e bárbaro.
A Idade da Razão viu um aumento no
interesse na beleza como um assunto filosófico. No período romântico, Edmund Burke apontou
as diferenças entre a beleza em seu sentido clássico e o sublime. O conceito de sublime de Burke e Kant
nos permitiu compreender que, mesmo a arte gótica e a arquitetura não sendo
sempre "simétricas" ou aderentes ao padrão clássico de beleza como o
outro estilo, não é possível dizer que a arte gótica é "feia" ou
irracional: é apenas uma outra categoria estética, a categoria sublime.
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