segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

ESCATOLOGIA (INTRODUÇÃO)

ESCATOLOGIA
(Dividiremos este tema em algumas partes para melhor compreensão)


Conceituando...
            Escatologia é uma palavra originada do grego “ESCHATÓN” que significa “ÚLTIMO”. Portanto, literalmente escatologia significa o discurso dos últimos acontecimentos. Já em latim, se traduze por “AS COISAS MAIS NOVAS” ou ainda “AS ÚLTIMAS”.
            Uma das grandes indagações do ser humano sempre foi e continua sendo as perguntas clássicas: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Por isso a escatologia aborda esse universo de questões e acontecimentos que refletem a existência do ser humano neste e no mundo futuro. Portanto, junto às grandes questões da humanidade também se encontram buscas para respondê-las e, a Igreja com sua autoridade dada por Deus dá a todos os seus fiéis as respostas através dos tempos. Levando em consideração as mudanças teológicas, como veremos. Nada mais justo então do que começarmos com a indagação? Que é o homem?

 Que é o homem?

            O salmo 8 já nos faz referência de que o ser humano é importante para Deus, seu criador: “Senhor, que é o homem, para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”. E continua manifestando a grandeza do ser humano afirmando que ele é semelhante ao próprio criador: “Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes”.
            O ser humano é composto assim como da mesma essência divina, espírito, contudo, possui também um corpo no qual entendemos como a morada do altíssimo, o templo do Espírito Santo. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus”? (1Cor 6,19). Mas o ser humano não é só espírito, ele é também corpo, alma e espirito (divindade).

Que o próprio Deus da paz vos santifique totalmente, e que tudo aquilo que sois – espírito, alma, corpo – seja conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!  (1Ts 5,23).
           
Qual a diferença entre alma e espírito? O espírito é um ser dotado de inteligência e vontade, mas sem corpo, sem dimensões materiais, sem forma, sem tamanho, ou seja, é a própria essência de Deus. É o Deus vivo que habita em nós. A alma também é espiritual, também é imortal por si mesma, mas pode ser aniquilada por Deus. O corpo é mortal porque sofre as variações naturais dos tempos, os enfraquecimentos que são próprios da natureza humana. Contudo nos escritos paulinos o termo “espírito” (pneuma) tem diversos significados, podendo ser entendido como Espírito Santo (cf Rm 5,5), como também a graça da vida cristã (cf. 1Cor 2,14ss).
Em cada ser humano há apenas uma alma que é responsável por todas as funções do corpo humano, vegetativas, sensíveis e intelectuais. O ser humano é um só corpo e uma só alma (cf. Ef. 4,1). Embora corpo e alma sejam distintos um do outro, são complementares entre si e formam um só todo psicossomático [1]. A alma precisa do corpo para desenvolver suas potencialidades. No dia da morte, quando serão separados o corpo e alma, ela usufruirá dos valores adquiridos enquanto estava unida ao corpo. E não haverá possibilidade alguma de retorno para expiação [2]. Este é o tempo propício para a salvação, é agora que deveis buscar o encontro com o Senhor, não depois da morte. Para isso serve a reflexão sobre os fins dos tempos (parusia) [3]. O que meditaremos logo mais.
A separação do corpo e da alma não pode ser entendida como dualismo, pois o corpo não pode ser entendido prisão da alma, como algo negativo por ser matéria, conforme vemos na doutrina maniqueísta, órfica, pitagórica ou hinduísta. A doutrina cristã rejeita o dualismo e entende que tanto a matéria como o espírito são criaturas de Deus, e por isso ontologicamente boa (Gn 1,31). Nem por isso a doutrina cristã cai no monismo que identifica entre si matéria e espírito. A doutrina cristã identifica a dualidade, ou seja, a distinção entre corpo e alma, matéria e espírito, sem considerá-los antiéticos entre si, e sim complementares, é assim com a criação do homem e da mulher que não são antagônicos, distintos, mas complementares entre si.
A escatologia individual diz respeito aos acontecimentos que afetarão cada individuo no fim de sua jornada terrestre. A escatologia coletiva compreende a consumação da história e do universo ou os acontecimentos com o fim dos tempos.


[1] Psicossomático - Que concerne simultaneamente ao corpo e ao espírito. Ligado especialmente a fatores de ordem psíquica (conflitos etc.), ou seja, o que é sofrido e sentido no corpo se sente e se vive na alma.
[2] Reparação pela culpa cometida. Ou seja, não haverá retorno nem reencarnações. Uma vez morte só haverá o julgamento divino.
[3] Segunda vinda de Cristo.


Por João Bôsco
(Filósofo, Teólogo, Sociólogo)  

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ENEAGRAMA: AS NOVE FACES DA ALMA

ENEAGRAMA - OS TIPOS DA ALMA
DESCUBRA SUA PERSONALIDADE E ADQUIRA SUA VIRTUDE.

Tipo 1 - O Perfeccionista


Vício Emocional = Raiva
Características Positivas
· Disciplinados · Objetivos · Determinados · Comprometidos

Características Negativas
· Intransigentes · Rígidos, intolerantes · Exageradamente exigentes · Tensos

As pessoas que adotaram o Tipo 1 são centradas na ação, têm um senso prático exigente, que dá prioridade às tarefas a serem realizadas. O vício emocional é a Raiva, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude esforçada e auto-imagem virtuosa – Eu estou fazendo a minha parte.
O nome Perfeccionista vem do alto nível de exigência, que as faz serem conhecidas como "cri-cris". Se isso tem que ser feito, não interessa se você gosta ou não, tem que ser feito...
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas duras e intransigentes, apegadas à dicotomia do certo-errado, justo-injusto, adequado-inadequado, acreditando que o esforço as faz merecedoras. Se todos fossem como eu, não teríamos de passar por isso...
Nas empresas, encontramos o Tipo 1 normalmente ligado a uma área em que seu esforço possa ser mensurado. Contabilidade, financeiro, organização e métodos são algumas das áreas comuns. Seu senso prático é muito útil nas situações em que os temas principais são a organização e a realização. Mas em sua compulsão, serão poucos aqueles que se adaptarão ao seu alto nível de exigência. Os detalhes tornam-se desproporcionais. É obvio que isto não está bom; se você se esforçasse mais, entenderia que bom é inimigo de ótimo.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 1 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Raiva) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Serenidade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do certo-errado, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 1: Lilian Witte Fibe, Luiz Carlos Prates.


Tipo 2 - O Prestativo


Vício Emocional = Orgulho


Características Positivas
· Empáticos
· Carismáticos
· Voluntariosos
· Envolventes
Características Negativas
· Inconseqüentes
· Ingênuos
· Teimosos
· Intempestivos

As pessoas que adotaram o Tipo 2 são centradas na emoção, têm uma percepção aguda dos outros, tornando-se conquistadoras, que sabem como conseguir o que querem das pessoas. O vício emocional é o Orgulho, que, por ser inconsciente, é justificado com a atitude solícita e a auto-imagem bem-intencionada. Esta emoção sustenta um comportamento baseado na sensação de auto-suficiência e capacidade. Eu posso...
O nome Prestativo se adapta mais ao subtipo preservação; já o Sexual poderia ser chamado de Sedutor, e o Social, de Independente. De qualquer forma, a atitude comum é a de Eu posso, eu sei, eu faço. Hábeis nas relações, costumam ser conhecidos como pessoas queridas.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas nos outros, que se tornam agressivas quando não atendidas. Desenvolvem uma baixa tolerância a qualquer coisa que se traduza em cuidar de si mesmos. Sofrem quando têm de pedir algo ou quando não conseguem estar à altura da imagem idealizada.
Nas empresas, encontramos o Tipo 2 normalmente ligado a uma área em que haja relacionamentos com pessoas. Vendas, RH, secretariado e áreas assistenciais são comuns. Seu alto nível de empolgação e envolvimento com pessoas cria movimento onde havia marasmo, desperta nas pessoas a vontade de se envolver. Mas em sua compulsão, tornam-se manipuladores agressivos, que cobram cada movimento que tenham feito em direção ao outro, podendo mover as pessoas umas contra as outras.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 2 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Orgulho) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Humildade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da atenção do outro ou do valor que lhes dão, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 2: Ana Maria Braga, Xuxa, Tarcísio Meira.


Tipo 3 - O Bem-Sucedido


Vício Emocional = Vaidade


Características Positivas
· Dedicados
· Eficientes
· Objetivos
· Negociadores
Características Negativas
· Dissimulados
· Calculistas
· Impessoais
· Manipuladores

As pessoas que adotaram o Tipo 3 são centradas na ação ou no planejamento, visando reconhecimento.Têm uma visão mercantilista, que os guia na sua perseguição pelo sucesso. O vício emocional é a Vaidade, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude progressista e auto-imagem eficiente.
O nome Bem-Sucedido vem do seu apego à imagem e ao valor que ela traduz; o sucesso é um meio de conquistar valor próprio.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias, que disfarçam sua frieza com uma imagem humanista. São aficionadas pelo resultado, estressando todos ao seu redor em nome de uma excelência. Os fins justificam os meios...se os ventos mudaram, ajuste as velas. Andam com um taxímetro nas costas, comprometendo-se com as pessoas na justa medida em que elas se tornam úteis para alcançar as metas.
Nas empresas, encontramos o Tipo 3 normalmente ligado a áreas em que haja possibilidades de crescimento. Vendas, advocacia, administração, autônomos, consultoria e assessorias
são algumas das áreas comuns. Sua capacidade de sintetizar idéias e comunicar-se gera orientação em função das metas. Mas em sua compulsão, tornam-se impessoais, exigindo das pessoas mais do que elas poderiam dar; e descomprometidos, podendo abandonar o barco diante de uma proposta mais atraente.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 3 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Vaidade) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Sinceridade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do sucesso, admiração e reconhecimento, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 3: Ana Paula Padrão, Silvio Santos, Fernando Henrique Cardoso.


Tipo 4 - O Romântico

Vício Emocional = Inveja


Características Positivas
· Sensíveis
· Criativos
· Detalhistas
· Exigentes
Características Negativas
· Instáveis
· Críticos mordazes
· Queixosos
· Pouco objetivos

As pessoas que adotaram o Tipo 4 são pessoas centradas na emoção, são sensíveis ao ambiente e emocionalmente instáveis. A sensível percepção emocional faz delas pessoas que vêem o que a maioria não vê. O vício emocional é a Inveja, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude insatisfeita e auto-imagem de singularidade. Das 9 emoções descritas no eneagrama, a inveja é a mais incompreendida, agravando a dificuldade dos Românticos em se identificarem no eneagrama. O que facilmente reconhecem é a insatisfação.
O nome Romântico vem da comparação de sua vida com uma outra idealizada, em que Aí, sim, as coisas poderiam ser melhores. A crítica e a exigência de originalidade faz delas pessoas conhecidas como autênticas.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas no que falta, indo atrás, no caso do subtipo Preservação; sendo mordazes, no Sexual; ou, ainda, queixosos, no Social. Mas a característica comum é a insatisfação. ...Se pelo menos fosse assim...
Como o foco é para o que falta e a comparação é constante, tornam-se pessoas críticas e muitas vezes irônicas. Há uma sensação básica de que foram “sacaneadas” pelo mundo ou por outras pessoas.
Vale ressaltar que os subtipos do 4 são os que mais apresentam diferenças caracteriais, parecendo Tipos diferentes entre si.
Nas empresas, encontramos o Tipo 4 normalmente ligado a uma área em que a criatividade e a originalidade possam ser expressadas. Estilismo, decoração, psicologia e jornalismo são algumas das áreas comuns. Seu senso crítico apurado e o gosto pelo diferente criam um ambiente humano, onde se deseja estar. Quando sentem liberdade para se expressar, inundam o ambiente com cores. Mas em sua compulsão, tornam-se melancólicos, carregando o ambiente com sua sensação de insatisfação. Bom dia! - Diz João - Só se for para você! - Responde Vera.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 4 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Inveja) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Equanimidade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da obtenção do que falta ou no que está fora, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 4: Paulo Coelho, Caetano Veloso, Miguel Falabella, Arnaldo Jabor.


Tipo 5 - O Observador

Vício Emocional = Avareza


Características Positivas
· Planejadores
· Analíticos
· Ponderados
· Lógicos
Características Negativas
· Apáticos
· Distantes
· Frios
· Calculistas

As pessoas que adotaram o Tipo 5 são centradas na mente, têm uma curiosidade pelo entendimento, tornando-se planejadores extremamente racionais. O vício emocional é a Avareza, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude pouco expressiva e auto-imagem lógica e prudente.
O nome Observador vem da atitude de não-envolvimento, como se preferisse estar em segundo plano, de onde pode ver melhor sem perder seu senso crítico.
Dos Tipos do Eneagrama são os “mais na deles”; preferem estar consigo mesmos, envolvidos em atividades que só dizem respeito a si próprios.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias e calculistas, que crêem na mente como meio de conseguir as coisas, substituindo emoções por pensamentos. Deus colocou a cabeça mais alto que o coração para que a razão pudesse dominar o sentimento.
Preferem o racionalismo ao empirismo, não se permitindo sequer desejar algo que não seja "lógico", ou expressar sentimentos, que, por sua vez, são vistos como inadequados.
Nas empresas, encontramos o Tipo 5 normalmente ligado a uma área do planejamento. Engenharias, pesquisa e informática são algumas das áreas comuns. Sua capacidade de análise faz deles verdadeiros jogadores de xadrez, trazendo ao grupo o valor das metas de longo prazo e do planejamento estratégico. Mas em sua compulsão, tornam-se distantes e inacessíveis; com respostas curtas e diretas afastam as pessoas, mostrando pouco ou nenhum apreço pela presença delas.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 5 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Avareza) e o contato consigo mesmos por meio da virtude do Desapego da mente. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da racionalização. Aceitam e expressam mais seus sentimentos, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 5: Jorge Bornhausen, Delfin Neto, Antônio Ermínio de Moraes, Lázaro Brandão.


Tipo 6 - O Questionador

Vício Emocional = Medo


Características Positivas
· Leais
· Gregários
· Organizados
· Comprometidos
Características Negativas
· Ansiosos
· Preocupados
· Desconfiados
· Legalistas

As pessoas que adotaram o Tipo 6 são centradas na ação ou na emoção, visando ao controle. São atentas e desconfiadas, embora não necessariamente expressem isso. Preferem se preparar a atirar-se de improviso. O vício emocional é o Medo, que, por ser inconsciente, é justificado com a auto-imagem de precavido e realista.
O nome Questionador vem da atitude desconfiada e alerta, do tipo Enquanto você está indo, eu já fui e estou voltando... No subtipo sexual encontramos a forma contrafóbica do medo, que é reconhecida com atitudes opostas ao medo, do tipo O que você está olhando ai? Vai encarar?
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas ansiosas, que sempre têm um pé atrás, que preferem o conhecido e querem se preparar para o desconhecido. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Ou, ainda, Melhor prevenir do que remediar.
No caso dos contrafóbicos, a expressão é sempre oposta, de não se submeter ao mando de outro ou pelo menos questionar agressivamente as intenções do outro. A melhor defesa é o ataque. Enquanto você está indo, eu já estou voltando. Esta é uma atitude que encobre uma desconfiança sobre as reais intenções dos outros e uma pré-disposição a interpretar os outros como ameaça.
Nas empresas, encontramos o Tipo 6 normalmente ligado às gerências de pessoas e procedimentos. Produção, financeiro e RH são algumas das áreas comuns. Sua capacidade de perceber riscos faz deles hábeis críticos de processos, trazendo um leque de possibilidades de falhas. Além disso, são gerentes gregários, que facilmente conseguem trazer o espírito de equipe, no qual vale o Um por todos e todos por um. A lealdade é uma marca registrada deste padrão de comportamento. Mas na compulsão, tornam-se rígidos cobradores de normas e procedimentos, como maneira de garantir o controle.
Os contrafóbicos são encontrados em lideranças, assumindo riscos como colaboradores ou empresários.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 6 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Medo) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Coragem e da confiança em si mesmos. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da regra ou do que é mais lógico ou seguro. Aceitam e expressam mais suas emoções, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 6: Lula, Luiz Felipe Scolari.


Tipo 7 - O Sonhador

Vício Emocional = Gula


Características Positivas
· Criativos
· Bem-Humorados
· Improvisadores
· Otimistas
Características Negativas
· Dificuldades com regras
· Anti-rotina
· Argumentadores compulsivos
· Pouco sensíveis aos valores dos outros

As pessoas que adotaram o Tipo 7 são centradas na mente; têm uma agilidade mental para lidar com várias coisas ao mesmo tempo, dando prioridade ao prazer. O vício emocional é a Gula, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude entusiasta e auto-imagem de hábil improvisador. Faço do limão uma limonada.
O nome Sonhador vem da grande quantidade de idéias e planos, beirando o impossível.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas superficiais, que se sobrecarregam com atividades como meio de fugir das dificuldades emocionais. O otimismo exagerado também revela pessoas que evitam o desprazer, olhando para o mundo com óculos cor-de-rosa.
Nas empresas, encontramos o Tipo 7 normalmente ligado a uma área em que não haja rotina e a criatividade seja necessária. Marketing, vendas, planejamento e negociação são algumas das áreas comuns. Seu otimismo e criatividade são muito úteis nas situações em que o tema principal é a busca de novas soluções. Mas em sua compulsão, são indisciplinados e irresponsáveis, fugindo da rotina por meio de argumentos manipuladores. Chocam-se com aqueles que são mais rígidos e querem seguir os passos previstos.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 7 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Gula) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Sobriedade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do prazer imediato, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 7: Jô Soares, Tom Cavalcante, Didi, Regina Casé.


Tipo 8 - O Confrontador

Vício Emocional = Luxúria


Características Positivas
· Assertivos
· Objetivos
· Realizadores
· Eficazes
Características Negativas
· Insensíveis
· Autoritários
· Intimidadores
· Agressivos

As pessoas que adotaram o Tipo 8 são centradas na ação, têm uma facilidade em mandar e liderar, dando prioridade à realização. O vício emocional é a Luxúria, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude dominadora e auto-imagem realizadora. Tudo ao seu redor tem de ser intenso e desafiador, numa atitude de Dar um boi para não entrar e uma boiada para não sair.
O nome Confrontador vem da facilidade com que se posicionam a respeito do que querem, expressando-se de forma direta e objetiva, intimidando com sua aparente segurança.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas insensíveis, apegadas à força e ao poder. Dominadores agressivos, tornam-se conhecidos como verdadeiros rolos-compressores. Facilmente tendem ao exagero, desconsiderando o que os outros pensam e sentem.
Nas empresas, encontramos o Tipo 8 normalmente ligado a liderança. Este é o perfil típico do empresário megalômano, que cresce rapidamente. Seu feeling para os negócios e sua autoconfiança fazem deles pessoas que inspiram crescimento e superação. Por meio de atitudes diretas e eficazes, transformam as organizações rapidamente. Mas em sua compulsão, assumem a centralização do poder. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Ou, ainda, Será do meu jeito ou de jeito nenhum.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 8 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Luxúria) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Inocência. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do poder e da dominância, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 8: Antônio Carlos Magalhães, Eurico Miranda, Fidel Castro.


Tipo 9 - O Preservacionista

Vício Emocional = Indolência


Características Positivas
· Calmos
· Mediadores
· Flexíveis
· Carismáticos
Características Negativas
· Indecisos
· Apáticos
· Procrastinadores
· Dependentes

As pessoas que adotaram o Tipo 9 são centradas na emoção ou na mente, têm uma atitude mediadora, dando prioridade ao bem comum. O vício emocional é a Indolência, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude tranqüila e auto-imagem conciliadora, Se cada um ceder um pouco, todos ficarão bem.
O nome Preservacionista vem da busca de preservar o status quo, evitando conflito em prol da paz e da tranqüilidade.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas apáticas, que desenvolveram um estado de anestesia para não sofrerem atritos com a realidade. Uma atitude de hiper-flexibilidade os deixa amorfos, adequando-os facilmente ao ambiente.
São pessoas que expressam serenidade e calma, mesmo não sendo estes seus sentimentos reais. A apatia emocional os deixa indecisos, a ponto de serem conhecidos como “tanto faz”.
Nas empresas, encontramos o Tipo 9 nas mais variadas áreas. Sua facilidade em se adaptar permite manterem-se em atividade por longos prazos, resistindo inicialmente a mudanças, mas adaptando-se no decorrer do tempo. Administrativo, secretariado, atendimento ao público e auxiliares são algumas das áreas comuns. Sua habilidade mediadora é muito útil nas situações em que é necessário desenvolver tarefas de longo prazo. Mas em sua compulsão, acabam cedendo para evitar o conflito. Tornam-se indecisos e procrastinadores, preferindo a realização de tarefas ao envolvimento ativo na busca de soluções – Vou me fingir de morto para sobreviver.
Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 9 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Indolência) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Ação Correta. Esta ferramenta os auxiliam a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais na atitude adaptativa ao meio em que estão inseridos, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.
Exemplos de Tipo 9: Dorival Caymmi, Tom Jobim, Martinho da Vila.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MARIA DE LOURDES - AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA – FILOSOFIA

Filosofia...     
1.A palavra é de origem grega, e resulta da junção de dois termos gregos "phileo" ( amar, desejar, gostar de ) e "sophia" (saber, sabedoria). A Filosofia não significa, pois, a "posse do saber", mas, sobretudo, a procura, amor, desejo da sabedoria.

2.Todas as escolas filosóficas estão de acordo quanto à sua definição

3.Cada definição de filosofia implica já uma filosofia.
 Certo ou  Errado

4.O primeiro a empregar o termo, segundo a tradição, foi Pitágoras (c.550-c.500 a.C).

Características...

5.A Filosofia procura a raiz ou o fundamento de todas as coisas.

6.É próprio da filosofia procurar compreender o real na sua totalidade e unidade.

7. A filosofia é acima de tudo o reino da subjetividade e da arbitrariedade, onde se admitem, sem critério ou crítica, todas as idéias.

8. A filosofia é um modo crítico de refletir sobre as nossas convicções e ultrapassar as limitações do senso comum.

9.A filosofia é a analise lógica da linguagem e a clarificação do significado das palavras e dos conceitos.

10.Cada aprendiz de filósofo tem pela frente uma árdua tarefa, dado que tem que partir do zero na sua atividade reflexiva.

11.A atividade filosófica é inseparável da liberdade da razão face a todas as coerções e a todos os constrangimentos exteriores, sejam eles a religião, a política, as ideologias, a autoridade ou a tradição.

12.A filosofia é sempre uma reflexão pessoal dirigida a todos os homens.


Atitude Filosófica...

13. A filosofia é essencialmente uma atitude, uma inclinação do homem para o saber, um amor pelo saber. Certo ou Errado
14.A atitude filosófica só pode começar quando reconhecemos que já sabemos tudo. Certo ou Errado

15.Por tradição. Estamos integrados numa cultura que desde o século VI a.C. tem por hábito pôr-se em questão para se renovar e ultrapassar. Certo ou Errado

16.Por resposta a certas experiências quotidianas. Quando experimentamos determinados sentimentos, como a admiração e o espanto perante a extrema variedade e mobilidade de tudo o que nos cerca , ou simplesmente vivemos certas situações- limite ( a morte, o nascimento, o sofrimento), somos frequentemente conduzidos à reflexão filosófica. Certo ou Errado

17.Para passar o tempo. A filosofia surgiu do ócio, e continua a ser a principal atividade a que se dedicam todos aqueles que não tem nada para fazer. Certo ou Errado

18.Para lançar a confusão. Certo ou Errado

19. Por influência de certos contextos histórico-sociais. Em certas épocas históricas, quando os valores tradicionais e os saberes são postos em causa, porque se revelam inadequados para servirem de guia à ação pessoal e social, criam-se as condições propícias para a reflexão filosófica. Certo ou Errado

Objetos de Estudo da Filosofia

20.A filosofia não tem um, mas muitos objetos de estudo Certo ou Errado

21.A Metafísica como o estudo da estrutura da realidade em todas as suas dimensões. Certo ou Errado

22.O objeto de estudo da filosofia não pode ser determinado com precisão, porque cada filósofo privilegia um determinado campo de reflexão. Certo ou Errado

23.As distâncias entre os astros a fim de se poder conhecer com maior precisão as reais dimensões do universo. Certo ou Errado

24.A Estética, de modo a compreender a arte, a sua relação com o autor, o espectador e com a realidade em geral. Certo ou Errado

25.A Ética de forma a entender o agir humano norteado por valores. Certo ou Errado

26.A Lógica como doutrina do pensamento coerente e ordenado Certo ou Errado

27.O único objeto da filosofia é sabedoria Certo ou Errado

28.A Epistemologia de forma a construir uma teoria das condições, da essência e dos limites do conhecimento científico. Certo ou Errado

Questões Filosóficas -  É Filosófica?

29.Como é que os Estados podem diminuir a pobreza? Sim ou Não

30.A verdade científica é irrefutável ? Sim ou Não

31.Qual é o princípio constitutivo último da realidade? Sim ou Não

32.Quais os elementos entram na composição da água ? Sim ou Não

33.Qual o sentido da vida humana? Sim ou Não

34.O que é o homem ? Sim ou Não

Filósofos Espontâneos e Filósofos Sistemáticos : - Quais as afirmações que correspondem à filosofia sistemática?

35.Na medida que todos os homens possuem um desejo natural de saber e uma maneira própria de encarar a vida e o mundo, podemos afirmar que todos os homens são filósofos.
Sim ou Não

36Os únicos filósofos são os que investigam criticamente as coisas que muitos têm como óbvias
Sim ou Não

37.Todo os homens são filósofos, na medida que partilham de um conjunto de ideias filosóficas recebidas no meio cultural em que vivem.
Sim ou Não

38.Para se ser filósofo é necessário ser-se radical (ir ao fundo das questões), situar-se num plano teórico (pensamento pensado), mantendo-se sempre autônomo (liberto de todas as pressões e coações).
Sim ou Não

39.Todo o homem é um filósofo na medida que em determinadas situações e momentos, o levam a interrogar-se sobre as grandes questões do seu tempo.

Ética, Direito e Politica

40. O conjunto de normas que regulam as relações entre os cidadãos e que implicam punições no caso de serem violadas a que domínio pertencem.
Ética? Certo ou Errado ?
Moral ? Certo ou Errado ?
Direito ? Certo ou Errado?

41. As normas morais são de aceitação e cumprimento obrigatório por parte dos indivíduos. Certo ou Errado ?

42. Uma das finalidades do Direito é estabelecer um conjunto de regras que permitam evitar e resolver conflitos. 

43. O Direito aplica-se à vida privada das pessoas Certo ou Errado A Moral é menos abrangente que o Direito

44. Um Estado é próprio de uma sociedade soberana, e implica um conjunto de instituições e órgãos próprios, tais como Governo, Tribunais, polícias, forças armadas, etc.   

45. As normas jurídicas, próprias do Direito, só são para ser cumpridas desde que as pessoas concordem com as mesmas. 

46. São funções do Direito:
1. A proteção da garantias, direitos e liberdades dos indivíduos;
2. Educar a população;
3. Impedir os comportamentos desviantes e os abusos por parte dos órgãos do Estado.   
4. A promoção da justiça, dignidade humana e do progresso social.
1. Certo ou Errado ?
2. Certo ou Errado ?
3. Certo ou Errado ?
4. Certo ou Errado ?

47. Uma norma jurídica é legal quando é promovida por autoridade incompetente, isto, é sem legitimidade para tal. Certo ou Errado ?

48. São exemplos de normas jurídicas:
1. A Constituição da República                    1. Certo ou Errado?
2. Os Mandamentos bíblicos                        2. Certo ou Errado ?
3. O Código Civil e o Código Penal               3. Certo ou Errado?

Se não cumprirmos as leis do Estado só somos excluídos no nosso grupo social.   

49. Um Estado só é legitimo quando: 
1. Age de acordo com o Direito e se submete ao Direito.
2. Age independentemente do Direito
1. Certo ou Errado ?
2. Certo ou Errado ?

50. Uma lei é legitima quando tem apenas em conta os interesses de uma minoria Certo ou Errado A função básica de qualquer governo é gerir a "coisa pública" promovendo o Bem Comum. Certo ou Errado A Ética aplica-se à ação de um individuo, mas não à de um Estado Certo ou Errado

51. Onde reside a legitimidade de um Governo:
1. em Deus.
2. nas Força, nomeadamente no exército ou em grupos armados que o apóiam.
3. nas Qualidades pessoais extraordinárias do seu chefe (carisma, coragem, devoção absoluta, confiança, etc.) 
4. na Delegação dos cidadãos, através do voto.
1. Certo ou Errado?
2. Certo ou Errado ?
3. Certo ou Errado ?
4. Certo ou Errado?

52. As qualidades individuais de um político são suficientes para legitimar o exercício da sua autoridade.  Certo ou Errado

53. O Estado, segundo Max Weber, é uma relação de homens dominado homens, uma relação apoiada pela violência considerada legitima. Quais as justificação profunda para que os homens obedeçam e aceitem este domínio ?
1. A autoridade decorrente da tradição, isto é, dos costumes perpetuados ao longo de sucessivas gerações e das quais os chefe do Estado são os seus legítimos herdeiros.
 2. A autoridade decorrente da legalidade, isto é, da crença na validade dos estatutos legais e procedimentos nelas instituídos para o seu funcionamento e escolha dos servidores públicos.
2. Certo ou Errado 

54. A condição fundamental de legitimidade do Direito e do poder político está na sua conformidade à vontade geral e à busca do interesse geral. Certo ou Errado

55. Cumprir as leis:
1. é sempre sinônimo de justiça                          1. Certo ou Errado?
2. não é sinônimo se justiça, porque nem sempre as leis são justas ou estas podem ser aplicadas de forma incorreta.            2.  Certo ou Errado ?

56. Para haver justiça tem que haver leis                   Certo ou Errado









Prof. Mestrando João Bôsco