domingo, 11 de julho de 2010

A IMPORTANCIA DA LEITURA



A página em branco coloca medo no inicio, admito ao caro leitor que esse é o primeiro e mais dificultoso obstáculo a ser enfrentado por mim, no momento em que me deparo com a vontade de escrever ou o dever do ato.


Outro fator necessário é desprender-se nesse momento das barreiras existentes ao redor dessas quatro margens de folha. Tenho que venerar o que está fluindo dentre as entranhas do texto no presente momento, esquecendo-se das moléstias que te aporrinham diariamente e tornam-se o segundo obstáculo do escritor que aqui ortografa esses delírios, de quem já tem pavor da ausência de produção de obras literárias.

Em silêncio com meu primeiro eu, penso e questiono se possuo pouca criatividade ou se o meu cérebro foi corroído por neuroses e psicopatias criadas pela sociedade enferma que contamina um por um que aqui vive.

A resposta vem em seguida do meu primeiro eu dizendo:

_ Não menino, tu estás parando de sonhar e quando parar completamente serás mais triste do que nunca, pois perderás o que mais amas que é escrever e ser diferenciado no modo de pensar e criar.

O dialogo é longo entre o “tico e o téco” e o segundo eu é insistente, não suporta estar errado e pergunta mais uma vez duvidando do talento:

_Mas e agora? Por que parastes eternos minutos pra escrever algumas miseráveis linhas e mesmo assim quando escrevestes, não foi nada louvável e tivestes dúvidas com relação ao tema?

A resposta foi rápida:

_Ansiedade e imediatismo são os que te fazem degustar esse sabor áspero.

E nesse dialogo, encontro o terceiro obstáculo que me faz entrar em crises com relação à criatividade quais sejam: fluências de idéias, desenvolvimento de textos e poesias.

Considero peculiar o modo como escrevo, pois nunca tive hábitos de ler e, quando escrevo, experimento apenas adrenalina e ventura após o termino de cada frase.

Mesmo que supostamente ninguém leia, sinto que o mundo ouve o que arrisco entre os riscos alfabéticos que lutam entre si e constroem a idéia em cima de um texto insano escrito por alguém que simplesmente tem o amor entre os dedos em contato com cada letra. Loucura não é?

Obstáculos sempre existem isso é fatídico e não há escapatória. Temos que vencê-los sempre para sermos felizes naquilo que nos propusermos a fazer, mas o que me impulsiona a escrever? Qual é o dispositivo que acende uma idéia e faz com que eu enfrente a folha branca? Ler? Deveria ser como raras vezes realmente é.

Leio?Sim, aquele que me informa sobre o mundo, utilidades e alguns outros poetas que vejo diferencial inovador e confesso que prefiro os mais insanos que vasculham a alma e a mente de quem lê, ousadia e criatividade são orgásticas e miro minha atenção pra quem as têm.

Mas o que realmente me impulsiona é a vontade de gritar o que sinto, penso, de expor, traduzir ou concluir um sonho sem doses de falso intelecto, pois não há motivos pra isso. Escrevo apenas para minha alma ou ela é quem desabafa. Não escrevo para decifrarem o meu estado ou posar de “o pensador”. A leitura na maioria das vezes e para a maior parte das pessoas é o grande gás para a escrita e isso é obvio, pois quanto mais leitura, mais conhecimento é adquirido. Isso é ótimo e realmente é assim que deveria ser com todos e é o que recomendo.

Só que eu não me permito e me entristeço quando me encaixo naquele ditado medíocre que Chacrinha gorfou nos anos 80 “Nada se cria, tudo se copia” a partir da citação de Lavoisier; “Na natureza nada se cria tudo se transforma”.

Nunca atendi às expectativas de “cartilhas” que nos dão para ser um “ótimo cidadão”, no máximo o que fiz com elas foi pintar ou desenhar em cima das figuras sem graças que as ilustravam e nesses momentos fui mais feliz do que tentar segui-las.

Autor: Danillo Britto
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário