domingo, 1 de abril de 2018

Estética - 3 e 4 anos


Estética
A beleza é a percepção de um encontro com o que nos religa e transforma. É uma sensação de perfeita satisfação;
O belo é aquilo que tem formas e proporções harmônicas. De acordo com Humberto Eco o belo é um adjetivo usado para expressar o que nos agrada.
O conceito de belo está pautado na concepção platônica/Aristotélica de mundo e, para eles, a vida e a arte são baseadas em equilíbrio, simetria, harmonia e proporcionalidade, projetados no renascimento.
Para Platão o belo está ligado a uma essência universal e não depende de quem observa, pois está contido no próprio objeto, na criação. Platão acredita que tudo o que existe no mundo sensível é cópia do mundo inteligível.
Para Aristóteles o belo deveria provocar a catarse (purificação da alma), ou seja, libertação do que está reprimido.

Visão histórica da beleza

A mais antiga teoria ocidental de beleza pode ser encontrada nas obras dos primeiros filósofos gregos pré-socráticos, tais como Pitágoras que viu uma forte conexão entre matemática e beleza. Em particular, eles observaram que os objetos com medidas de acordo com a proporção áurea pareciam mais atraentes.
Platão considerava que a beleza era a ideia (forma) acima de todas as outras ideias. Aristóteles viu uma relação entre o belo e a virtude, argumentando que "A virtude visa à beleza."
No período clássico as esculturas de homens e mulheres produzidos de acordo com os princípios desses filósofos de ideal da beleza humana foram redescobertos no Renascimento europeu, levando a uma readoção do que ficou conhecido como um "ideal clássico".
Durante a era gótica, o cânone estético clássico da beleza foi rejeitado como pecaminoso. Somente Deus é belo e perfeito, enquanto o homem é falho pelo pecado original e não pode alcançar nenhuma beleza em sua vida se não for através de Deus. Mais tarde, a Renascença e o Humanismo rejeitaram essa visão, e consideraram a beleza como um produto da ordem racional e da harmonia das proporções. Artistas e arquitetos da Renascença (como Giorgio Vasari em seu "Vidas de Artistas") criticaram o período gótico por ser irracional e bárbaro.
Idade da Razão viu um aumento no interesse na beleza como um assunto filosófico. No período romântico, Edmund Burke apontou as diferenças entre a beleza em seu sentido clássico e o sublime. O conceito de sublime de Burke e Kant nos permitiu compreender que, mesmo a arte gótica e a arquitetura não sendo sempre "simétricas" ou aderentes ao padrão clássico de beleza como o outro estilo, não é possível dizer que a arte gótica é "feia" ou irracional: é apenas uma outra categoria estética, a categoria sublime.

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